Alfabetização desbloqueia um futuro melhor

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Nota Informativa

O diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa do Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), João Ima-Panzo, realçou que “a alfabetização é a chave que desbloqueia o potencial humano e a oportunidade de um futuro melhor. A educação não é uma tentativa, mas uma certeza transformadora.”

 

Esta afirmação aconteceu durante a sessão de abertura da «II Conferência Internacional sobre a Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos na CPLP» e da «Oficina de capacitação e partilha das Boas Práticas na Educação de Jovens e Adultos», a decorrerem nos dias 09, 10 e 11 de setembro de 2024, na Cidade da Praia, sob os auspícios do Ministério da Educação de Cabo Verde.

 

Enaltecendo a celebração do Dia Internacional da Alfabetização, assinalado a 8 de setembro, João Ima-Panzo salientou que é “uma data que sublinha a importância da educação como um direito fundamental e uma ferramenta crucial para o desenvolvimento pessoal e social”.

 

“Em síntese, a educação, especialmente a alfabetização, é a chave para três conceitos fundamentais: liberdade, inclusão e transformação. Liberdade, por promover autonomia e pensamento crítico; inclusão, por garantir acesso e participação plena na vida pública como um direito fundamental; e transformação, por capacitar os indivíduos a agir e participar de forma eficaz na sociedade”, observou o diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa do Secretariado Executivo da CPLP.

 

Neste sentido, “a alfabetização, enquanto primeiro passo para a liberdade, representa muito mais do que a simples aquisição de competências de leitura e escrita. Ela abre portas ao conhecimento, ao pensamento crítico e à capacidade de tomar decisões informadas, rompendo com ciclos de pobreza e exclusão. Educar é libertar, pois permite que os indivíduos se emancipem das amarras da ignorância, da desigualdade e da dependência”, referiu João Ima-Panzo.

 

Esta conferência e oficina são “oportunidades ímpares para aprofundarmos a nossa compreensão e ação sobre as competências essenciais no mundo moderno. A literacia, a numeracia e as competências digitais são fundamentais para a inclusão social e o desenvolvimento pessoal e profissional”, salientou também o diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa do Secretariado Executivo da CPLP.

 

“Globalmente, cerca de dois terços dos analfabetos são mulheres. Este padrão também se reflete nos países da CPLP, especialmente em contextos mais vulneráveis”, afirmou ainda o diretor de Ação Cultural e Língua Portuguesa do Secretariado Executivo da CPLP. As "consequências desta disparidade de género são profundas. O analfabetismo feminino está frequentemente ligado à pobreza intergeracional. Mulheres analfabetas têm menos oportunidades económicas e estão frequentemente confinadas a empregos informais ou de baixa remuneração. Contudo, quando as mulheres são educadas, há um impacto positivo significativo. Elas tendem a investir mais na educação dos filhos e na saúde familiar, criando um ciclo de desenvolvimento positivo que beneficia a sociedade como um todo.”

 

Os resultados esperados desta atividade são promissores, sublinhou João Ima-Panzo, realçando que “esperamos alargar a rede de cooperação na área de EJA através de parcerias com instituições públicas e privadas, sociedade civil e organizações internacionais. A identificação e partilha de boas práticas sobre a formação de alfabetizadores e educadores, bem como sobre materiais digitais produzidos, são prioridades”.

 

Em conclusão, João Ima-Panzo alerta que “enfrentar o desafio do analfabetismo e promover a educação de qualidade é um esforço que exige compromisso, colaboração e inovação”.

 

 

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